
O cais
Quando chega a noite, é que me sinto tomado pelo desespero.
O único cais que suporta a onda de minha dor é o local onde me deito, fazendo-me suplicar a cada onda que morre, o fôlego pela vida.
Agarro-me a cada prece que faço.
Deus! Você consegue escutar minha voz nessa noite em meio a tantas vozes?
E quando deito em meu lote de solidão, me dispo de tantas coisas alegres e assim vem a angustia que torna essas ondas agitadas, ferozes.
Minha única esperança é a luz de um farol que enxergo através da nevoa.
Um fraco rastro de luz , mas que consegue ultrapassar a escuridão.
E a cada suspiro, a dor é dissipada. Alastra-se por todo meu corpo.
Já no último suspiro eu adormeço, para que assim novamente retorne a noite ao cais.
"Já no último suspiro eu adormeço, para que assim novamente retorne a noite ao cais".
ResponderExcluirme identifiquei muito viu?
Há épocas que essa volta é rotineira... Não sei se digo "que bom!" que se identificou ou se... sei lá kkkkk. Bjos Tati
ResponderExcluir