4 de janeiro de 2011

O cais




O cais



Quando chega a noite, é que me sinto tomado pelo desespero.

O único cais que suporta a onda de minha dor é o local onde me deito, fazendo-me suplicar a cada onda que morre, o fôlego pela vida.

Agarro-me a cada prece que faço.

Deus! Você consegue escutar minha voz nessa noite em meio a tantas vozes?

E quando deito em meu lote de solidão, me dispo de tantas coisas alegres e assim vem a angustia que torna essas ondas agitadas, ferozes.

Minha única esperança é a luz de um farol que enxergo através da nevoa.

Um fraco rastro de luz , mas que consegue ultrapassar a escuridão.

E a cada suspiro, a dor é dissipada. Alastra-se por todo meu corpo.

Já no último suspiro eu adormeço, para que assim novamente retorne a noite ao cais.

2 comentários:

  1. "Já no último suspiro eu adormeço, para que assim novamente retorne a noite ao cais".

    me identifiquei muito viu?

    ResponderExcluir
  2. Há épocas que essa volta é rotineira... Não sei se digo "que bom!" que se identificou ou se... sei lá kkkkk. Bjos Tati

    ResponderExcluir