11 de junho de 2011

Aos que se interessam


Parece bobagem, exteriorizar o que sinto dessa forma. Mas sei que dentro não pode ficar, porque além de vazio, sou só pó.
Acreditei. Hoje me pergunto se o erro do ser humano é acreditar tanto.
Ilusão chegou. E veio sem avisar. Cruel e amarga, apunhalou pelas costas.
Molhou ainda mais as lágrimas. Aumentou o tempo e o sofrimento.
E quanto tempo fiquei a acreditar apenas só aumentando o sofrimento?
Esse foi o maior erro.

8 de junho de 2011

Je suis madale

"Quando amar demais...."

Estou Doente

Não sonho mais,
Não fumo mais,
Já nem sequer tenho historias,
Sou suja sem ti,
Eu sou feia sem ti,

Como uma orfã num dormitório,

Não tenho mais vontade de viver a minha vida,
Minha vida pára quando vais,
Eu não tenho mais vida e até a minha cama,
se transforma num cais,
Quando tu partes.

Estou doente,
Completamente doente,
Como quando a minha mãe saía à noite,
E me deixava sozinha com meu desespero,

Estou doente,
Perfeitamente doente,
Tu chegas, nunca se sabe quando,
Tu partes, não se sabe nunca para onde,
E vai fazer dois anos,
Que não dás a mínima!

Como a um rochedo,
Como a um pecado,
Eu estou agarrada a ti,
Estou cansada,
Estou exausta,
De aparentar felicidade,
Quando eles estão cá,
Bebo todas as noites,
Mas todos os Whiskies,
Para mim tem o mesmo sabor,
E todos os navios levam tua bandeira,
Não sei mais para onde ir, estás em todo lado.

Estou doente,
Completamente doente,
Verto o meu sangue em teu corpo,
E sou como um pássaro morto,
Enquanto tu dormes,

Estou doente,
Perfeitamente doente,
Privastes-me de todos os meus cantos,
Esvaziastes-me de todas as minhas palavras,
No entanto eu tinha talento antes da tua pele,

Esse amor mata-me,
Se continuar assim,
Vou morrer sozinha... comigo,
Perto do meu rádio,
Como uma criança idiota,
Ouvindo minha própria voz que cantará.

Estou doente
Completamente doente
Como quando a minha mãe saía à noite
E me deixava sozinha com o meu desespero
Estou doente
É isso! estou doente!
Privastes-me de todos os meus cantos,
Esvaziastes-me de todas as minhas palavras
E eu tenho o coração completamente doente
Cercado de barricadas
Estás a ouvir? Estou doente...

Amor incondicional


Uma canção linda com uma letra forte e que nos faz refletir sobre o amor incondicional e que nos marca para o resto da vida. Nossa base, nosso porto, nossa estrela guia.


Se Eu Pudesse

se eu pudesse
proteger-te-ia da tristeza em seus olhos
dar-te coragem num mundo de compromisso
sim, eu

se eu pudesse
ensinar-te-ia todas as coisas que eu nunca aprendi
e ajudar-te-ia a atravessar a ponte que eu queimei
sim, eu

se eu pudesse
tentaria proteger a tua inocencia do tempo
mas a parte da vida que dei-te nao é minha
vi-te crescer portanto podia deixar-te partir

se podesse
ajudar-te-ia a atravessar os anos de fome
no entanto sei que nunca posso chorar por ti
mas choraria
se podesse

Sim, se eu viver
Em um tempo e lugar onde você não quer estar
Você não tem que andar por essa estrada comigo
Meu passado não deverá ser o seu caminho

Se soubesse
Tentaria mudar o mundo em que te trouxe
Mas nao há muito que eu possa fazer
Mas faria
Se eu pudesse...

Oh baby
Eu só quero protegê-lo
E ajudar o meu bebé nos anos de fome
Porque você é parte de mim
E se você sempre sempre sempre precisar
De um ombro para chorar
Ou apenas alguém para conversar
Eu estarei lá, eu estarei lá

Eu não posso mudar o seu mundo
Mas eu gostaria
Se eu pudesse.

19 de maio de 2011

O segredo da galinha (Tiago de Oliveira)

Eu sempre achei que minha avó tinha algum defeito na cabeça, só não sabia o qual. Uma vez encasquetou com uma galinha na estante dos livros. Uma galinha de porcelana, branca e preta. Ela se balançava na cadeira de balanço de olho na galinha e a galinha de olho nela. Teve vontade de rumá-la ao chão de tanta raiva da danada, de olhos apertados a fitá-la. Era sentar para o ponto de cruz que a bicha se eriçava. Só faltava cacarejar. Se livra dessa peste, Catiana, ou dou um trato – rezingava rouca. Mas minha mãe, assim como eu, não via nada demais naquele bibelô, a não ser o fato de que estava velho e remendado. Passava um tempo e aquilo da minha avó passava. Aí andava pela casa como se nem percebesse a galinha. Até brincar de boneca brincava. Depois era um tal de limpar os cantos. Um tal de passar pano, de lavar banheiro. Minha mãe se irritava com medo de ela se arrebentar numa queda. Mas minha avó era danada demais. Parecia menina querendo ajudar a mãe na limpeza da casa. Embora não tivesse mãe, embora não fosse mais filha.

Era, de uma hora pra outra, que inventava de bordar as toalhas. Primeiro as de banho, depois as de mesa, depois nossas roupas. Tirava tudo dos armários. Minha mãe ficava azeda. E eu ria, só ria, mas nada entendia. Quando colocava tudo encima do colo e começava a tecer letras e animais, ela parecia uma mulher velha, de cara fechada e olhar apertado sobre o tecido e a agulha. Nada que lhe fosse perguntado era respondido. Minha mãe, esquecida como ela só, não tirava a galinha do lugar. Ela era quem não entendia nada. E minha avó, acho que medrosa, não ousava tocá-la. De longe, dava língua e dedo, xingava. Só uma vez, quando se encheu de coragem, arremessou o novo testamento, mas errou a mira. Podem não acreditar, mas, nessa hora, eu jurei ter visto a galinha rolar sobre os livros dando gargalhadas ruidosas. Não seria louco de dizer a minha mãe. Mas depois de um tempo, a galinha só enganava a ela. Eu e minha avó guardávamos cada um em sua solidão, o segredo da galinha. Só nós sabíamos que a galinha era a encrenqueira, que era ela quem primeiro espichava os olhos, só pra chatear.

Chegou um tempo em que minha avó, já fraca e de ossos que eram puro pó, mal agüentava o senta-levanta da cadeira, nem forças tinha pra outra vez tentar dar um jeito naquele demônio galináceo. Mas eu, já crescido, vi minha paciência ir embora com os anos. Foi quando uma vez ela resolveu ser meu algoz. Me encarava de um modo esquisito, com fúria no olhar miúdo. Desdenhava, pintava e bordava. Mas com comigo o buraco era mais embaixo. Quando nem mesmo eu esperava peguei a galinha com uma só mão e numa só vez, taquei-a contra o chão com toda força. Ela se repartiu em pedacinhos, ficou que era só poeira. Não sabia o que era bico, o que era asa, o que era olho. Nesse dia, vi brotar meio sorriso na boca murcha da minha avó que logo logo começou a se balançar na cadeira e a cantarolar baixinho. Ria sozinha pela casa como quem ria pra alguém. Era um tal de perguntar pelas bonecas e de tagarelar sem fim. Todos na casa estranhavam minha avó. No bairro a chamavam de doida. Mas há muito eu sei que minha avó não era louca, era menina cuja vida se tornou um inferno por culpa daquela galinha esquisita.

15 de maio de 2011

Chora



Chora sem lágrimas, chora com teu sorriso
Chora que tudo isso vai passar.
Chora e essa dor imensa vai acabar,
Chora para buscar um pouco de paz.
Chora que eu te escutarei,chora como eu canto,
Se livra do que te mata o coração.
Chora e compartilharemos a dor que teu corpo não quer descobrir
Chora não tenhas medo,
Sou uma alma sincera,chora amiga,amiga minha.

Deixe-o ir,amor não existe,deixa tua tristeza
Em um canto,abre a porta e vamos.
Pra que morrer?
Vai adiante
Se queres ar, felicidade e liberdade.

Senta-te aqui comigo
Fala-me dos teus sonhos,aqueles que sonhas tão feliz
Senta-te um momento,lutaremos em silêncio e nos voltará um céu azul
Que não te faça danos,
Que nunca mais te condene até o momento de morrer.

Deixe-o ir,amor não existe,deixa tua tristeza
Em um canto,abre a porta e vamos.
Pra que morrer? vai adiante, se queres ar e felicidade,liberdade.

Deixe-o ir, amor não existe,deixa tua tristeza
Em um canto,abre a porta e vamos.
Deixe-o ir, amor não existe
Um homem não é homem se não não pode amar.

12 de maio de 2011

Só o tempo


Só o Tempo
Quem pode dizer aonde vai a estrada ?
Para onde vão os dias ?
Só o tempo

E quem pode dizer se o seu amor crescerá
conforme seu coração escolher ?
Só o tempo

Quem pode dizer porque seu coração suspira
conforme seu amor flutua ?
Só o tempo

E quem pode dizer porque seu coração chora
quando seu amor morre?
Só o tempo



Quem pode dizer quando os caminhos se cruzam
que o amor deve estar
em seu coração ?

E quem pode dizer quando o dia termina
se a noite guarda todo o seu coração ?

Quem pode dizer se o seu amor crescerá
conforme seu coração quiser ?
Só o tempo

E quem pode dizer aonde vai a estrada ?
Para onde vão os dias ?
Só o tempo

Quem sabe?
Só o tempo

22 de abril de 2011

Nossos Pelos Pubianos (Por Tiago de Oliveira)



Ver todos aqueles parentes me deu agonia. Nunca pensei que Luiz fosse tão popular na família. O choro corria frouxo ao redor do caixão. Eu não chorava nem saía do lado dele. A possibilidade da chegada de Maria era uma coisa que me aturdia. Maria era a outra, todos sabiam, creio que até a viúva, que àquela altura dormia à base de remédios. Mas ninguém parecia pensar nisso, só eu. Já estava exausto com aquilo. Em silêncio, com os olhos vermelhos de ódio, eu dizia a ele que acabara com minha vida. Se Maria entrasse por aquela porta a primeira coisa que iria fazer era reivindicar aquele homem. Eu não suportaria ver. Se tocasse naquele caixão, eu mataria aquela mulher como quem mata uma galinha. Seria um escândalo, mas eu já não me importava com nada. Minha vida nunca tinha sido discreta mesmo! A minha vida, desde quando o conheci, se transformara em um inferno de luzes.

Todo mundo falava na rua que o viado da 17 era apaixonado por Luiz e que não fazia força pra esconder. Eu lembro os retalhos. Eu lembro as flores multicoloridas que eu pregava, uma a uma, na longa saia, na velha blusinha de mulher que ele pedia pra que eu vestisse. Eu vestia. Até a calcinha eu vestia, eu não me importava. Eu costurava, endireitava as roupas e a dona achava que era pra ela. Se eu fiz alguma coisa pra alguém daquela casa, eu fiz pra Luiz. Foi pra ele que eu aprendi a adornar dilacerações.

Meu corpo inteiro tornara-se coisa pequena e sem uso ante seu corpo morto. No cemitério, quanto mais a pá cavava a terra, mais o buraco em mim crescia, menos vida eu vivia. Eu ficava pequeno. Eu bem sabia que quando se morre o corpo diminui.

Noite dessas, brincávamos de arrancar com pinças nossos pêlos pubianos, quando ele me disse que sem mim não saberia viver. Eu era quem sem ele não existiria jamais! Eu era quem havia se trancado naquele caixão junto com ele. Quando pusessem o último tijolo e cessassem de uma vez a nossa luz, estaríamos juntos, afinal. Eu estava ali dentro abraçado ao seu corpo esperando que nos deixassem em paz. Mas estando vivo como estava a mim nunca seria dada a paz dos mortos.

3 de abril de 2011

Quedas da vida


Quedas da vida.

Costumava sempre correr rua abaixo. Com sorriso largo, inocência de uma criança de 6 anos. Pulmões cheios de ar, ilusões de uma vida sempre cheia de aventuras, felicidade. Ainda lembro minha mãe aflita a gritar da calçada: “Filho, cuidado pra não cair e se machucar...” Não demorava muito e sem cuidado algum, ali me jogava ao chão. Paralisava um pouco, sentia a dor física e em frações de segundos soltava o chora garganta a fora. Levantava-me, ainda com olhos mergulhados em lágrimas e corria para seus braços em busca de colo. Minutos depois, lá estava novamente correndo sem sentir mais dor alguma em busca de outras aventuras. Erguia a cabeça, estufava o peito novamente, aspirava o doce ar e me lançava.
Ah doce infância! Quantas vezes essas cenas se repetiram? Quantas quedas, quantas lágrimas e quantas marcas e cicatrizes que contam histórias engraçadas, alegres e inocentes? Inúmeras!
Hoje, a passos lentos, com certa e necessária malícia, ainda cometo essas quedas. Sou arremessado. A sensação é de uma queda livre onde cada rajada de vento me corta a pele. No momento não derramo uma lágrima e nem aguardo a fração de segundos para que isso aconteça. Levanto-me com os olhos secos, ora caídos, ora desacreditados. Sinto a dor. Agora não mais somente física e sim a dor da alma. Busco consolo. Sei que ela ainda está ali, mas o máximo que poderá fazer é passar a mão sobre minha cabeça e desejar: “Sorte filho, estarei sempre aqui por você! Andas... Tem um mundo ainda a sua frente te esperando. Não tenhas medo e não abaixe a cabeça nunca. Hoje tu és um homem e saberá levantar-se a cada queda”. Então, estufo o peito, aspiro o ar dolorido e me lanço novamente aos poucos.
Ah cruel vida! Onde tudo é tão grande, a noite é tão mais escura e o vento tão mais frio. Quantas vezes essas cenas se repetem? Quantas quedas, quantos olhos secos e quantas cicatrizes e marcas que contam histórias tristes e maldosas? Incontáveis!

28 de março de 2011

Palavras




Não mais direi as palavras que não gostaria de ouvir.
Irei calar tudo que me vem de dentro.
E se eu explodir? Que libere apenas a morte dessas palavras sufocadas.
Que vivam somente aquelas que suscitem vida
Que me liberte da dor, que me carregue em paz e me conduza ao infinito.
Ah palavras! Tanto me destes alegria como a levara.
Chega sem nada avisar. Leva sem nada deixar!
Palavras...

19 de março de 2011

Escolhas



Escolhas

Cresci sempre ouvindo que a vida é feita de escolhas e eu só me dei conta do peso disso muito tarde. Então como encarar o fato de se dizer que nada na vida é por acaso? Existem então vários destinos dos quais escolhemos? Essa é uma resposta que hoje reflito sobre, deito minhas consciências sobre escolhas que fiz. Até o momento algumas escolhas foram obscuras, mas que no final reluziu uma linda luz. Outras estão em fase de amadurecimento. Se vão dar frutos, isso eu já não sei, apenas espero!
Enquanto isso vou vivendo. Estou em um momento em que acertar nas escolhas é um fator crucial, o tempo é cruel e os meus ideais anseiam por isso. Às vezes me sinto impotente em certas escolhas e em outros me dou de corpo e alma. Essas sim, desencadeiam desejos sublimes, outras apenas necessários.
E assim vivendo entre escolhas e escolhas. Só digo que não é uma escolha fácil.

10 de março de 2011

Completa-me



Completa-me como o sol completa o seu pôr.
Completa-me como a onda em sua entrega ao mar
Completa-me como uma flor à espera do seu beija-flor
Completa-me como uma andorinha em sua grande viagem
Completa-me com um palhaço que se doa a um sorriso.
Completa-me com você como sendo apenas nós.

9 de março de 2011

A diferença



Quanto tempo, oh meu Deus! Passei enxergando o mundo ao meu modo, vendo apenas o meu sol e a minha lua. Aspirando apenas o meu ar e não percebendo que existiam diferenças entre o meu ser e o ser próximo. Hoje o vejo de outro modo. Um tanto plural, um tanto vivo....

A diferença
Aquela que perturba
Uma preferência, um estado da alma
Uma circunstância
Um corpo-a-corpo em desacordo
com as pessoas, bem pensando...
Os hábitos comuns...
Suas peles jamais temerão as diferenças
Elas se reconhecem,
Se tocam
Assim como estes dois homens que dançam

Sem nunca falar, sem nunca gritar
Eles se amam em silêncio
Sem nunca mentir, nem se voltar contra ninguém
Eles se tornam confidentes
Se vocês soubessem
Como eles não estão nem aí para suas injúrias
Eles preferem o amor, sobretudo a verdade
do que nossos murmúrios

Eles falam sempre sobre as outras pessoas
que se amam tanto
que se amam, como chamamos, "normalmente"
Desta criança tão ausente
Deste mal que está no sangue que fere
e mata... tão livremente
Seus olhos jamais se afastarão por negligencia
Eles apenas se reconhecem, e se familiarizam
Assim como estas duas mulheres, que dançam...

Sem nunca falar, sem nunca gritar
Elas se amam em silêncio
Sem nunca mentir, nem se voltar contra ninguém
Elas se tornam confidentes
Se vocês soubessem
como eles não estão nem aí para suas injúrias
Eles preferem o amor, sobretudo a verdade
do que nossos murmúrios


A diferença...
Quando paramos pra pensar...
Qual a diferença?

1 de março de 2011



Perca tudo nessa vida...
Perca o ouro, perca a prata, o sino e a arca...
Perca a fome, a sede, o sono...
Perca o embarque, perca a mala, a linha...
Perca o rumo, a cabeça, a compostura, a paciência...
Perca o sossego, o jogo, a graça...
Um dia você acha.
Mas não perca a confiança da pessoa amada. Essa você não acha por aí...

Por Cássio Filho

23 de fevereiro de 2011



Eu já sabia te amava.

Eu sabia que te amava,
Antes mesmo de te conhecer
As mãos do tempo
Me guiaram até você

Uma estrela noturna
que estava distante
Ela me trouxe até aqui
Ela sabia que você estaria aqui.

Agora envolvidos pela luz da Lua
Finalmente juntos
Aqui, nesta incandescente paixão
Nós somos tudo o que nós precisamos saber
Enquanto nós suavemente agradamos um ao outro
Até que as estrelas e a escuridão se apaixonem
E nós adormecemos
Tendo os nossos sonhos ao nosso redor

Ohhhhh
ohhhhhhhhhhhhh

Ela me guiou
Ela sabia que você estaria aqui

Eu sabia que te amava
Antes mesmo de te encontrar
Eu sabia que (um dia) eu construiria meu mundo á sua volta
Agora, todos os meus dias
E todas as minhas noites
E todo o meu futuro
Todos... começarão e terminarão com você
Com você!!!

14 de fevereiro de 2011

Quanta burocracia e eu só queria ter paz!




Parece que quando os problemas surgem para te tirar do eixo, vêem tudo de uma vez só. Ai pronto! Você vira uma bolha gasosa em constante alerta de explosão. E o pior não é nada! O grande alfinete ameaçador é a velha e desconcertante BUROCRACIA. Eu prefiro chamá-la de BURROcracia, mas para não tentar fazer aqui uma análise sociológica sobre a tal, prefiro ter uma visão mais superficial do fato. Por mais pequeno ou grande que seja o problema, a paz é tirada e lhe é oferecida uma procissão em busca de uma solução. Vai-se de um canto a outro, horas e horas de tentativas, papeis e mais papeis e você ainda corre o risco de não resolver nada!Sinceramente, não sei e aguento mais idas e vindas atormentáveis. Quero paz! Quero deitar e me sentir leve, livres das amarras da “burrocracia” que me tira tanto o sossego!

7 de fevereiro de 2011




Certos desprazeres eu não me permito. Eu minto. Minto, me permito.
Certas ousadias não vivo. Minto, estou vivo.
Calmarias na imensidão não existem. Aliás, calmarias não existem.
Certos pensamentos não condizem. Penso eu. Aliás, pensamentos não existem. Logo existo.
Confusões não me atacam. Suplicam o ataque. Rebatem.
Eu luto. Logo vivo. Logo penso. Logo existo. Logo minto. Só o que demora é o infinito.

Por Cássio Filho

3 de fevereiro de 2011

Velho mar



Olho o mar
Imenso é o mar
Assim como o mar também a mente
A mente não mente não trai
Sementes da mente são pensamentos
São tudo, são nada, são imensos...
Na parede da mente são quadros

Lágrimas são lamentos
As vezes veroses
Outras vezes serenos
Tristes lamentos

Visões são variações da mente
O que agente olha e não entende
lamenta e range os dentes
Tudo simples, de repente

Se vou não volto
Se volto grito
Se penso fico

1 de fevereiro de 2011

Surto!



Surto momentâneo.

Hoje a tarde, sentado a mesa em meio a livros e mais livros, surtei por um instante. Não! Não foi um surto psicológico, mas sim de tempo. Ao receber cartas e mais cartas que o pobre carteiro havia depositado em minha caixa postal suspensa à grade do portão, indaguei-me automaticamente: “Como é que ainda enviam correspondências dessa forma? Em pleno século da tecnológica eu ainda recebo esse monte de papelada que poderia ser extinta e que a natureza iria agradecer e MUITO! Nem os apaixonados de hoje trocam mais cartas!”. Por um instante pensei que era o resultado de um stress momentâneo; por outra, rabugice!
Mas logo após, sentei-me ao sofá e fiquei a refletir sobre a indagação. Por um instante fui tomando por um sentimento de: “será que estou virtualizando tudo ao meu redor como também a minha pobre vida?” Mas não! Ao ver que antes de receber tais coisas, eu estava praticando um ato que nada tem de virtual: a leitura de livros impressos. Ufa! Por outro lado fiquei imaginando: “Melhor seria se tudo fosse enviado por e-mail”! Queria viver numa vida high tec, e etc e etc.” Meu Deus! Que loucura!
Confesso que há dias que minha cabeça nada perde para um liquidificador em sua última potencia de trituração. É nesse momento que perco meu eixo, meu equilíbrio forçadamente adquirido.

27 de janeiro de 2011

Nós não mudamos




Hoje fiquei relembrando minha época de escola, Universidade e etc. Tudo era aparentemente mais simples, menos complicado. Havia mais leveza nas palavras, nas decisões, eramos mais livres, mais atirados, mais ao acaso! Pessoas vieram e se foram, deixaram seu tantinho de história, construindo e desfazendo laços. Arrancando risos e lágrimas. Eu até já ando cansado de dizer sempre: QUE ÉPOCA BOA QUE NÃO VOLTA MAIS! Tem uma letra de uma música que fala justamente sobre isso: One change Pas (Não não mudamos). Sim!!! Aqueles que ficaram não mudaram mesmo! Digamos que construíram apenas armaduras para enfrentar o mundo depois que deixamos nossos casulos. Que bom que ainda posso contar com amizades assim!

Nós Não Mudamos


Nós não mudamos...
Nós simplesmente nos vestimos com as roupas de outras pessoas
Nós não mudamos...
Um casaco apenas esconde um pouco daquilo que nós vemos
Nós não crescemos...
Nós apenas ficamos um pouco mais altos, nada mais.
O tempo de um sonho, de um pequeno sonho
E então tocá-lo com os dedos

Mas nós não esquecemos...
Da criança que permanece quase nua
Os momentos de inocência
Quando nós não a conhecíamos

Nós não mudamos...
Nós apenas fazemos caras e poses de combate
Nós não mudamos...
Nós apenas respondemos uns aos outros
Que nós acreditamos que fazemos escolhas
Mas se você arranhar bem perto da aparência,
Arrepia a pequena pessoa
que se assemelha a nós
Nós sabemos que há alguém aí
Nós ouvimos às vezes
Esta velha melodia insolente
Que insiste em se repetir
Oh, que jamais me abandona.

Nós nunca esquecemos...
Nós sempre temos um movimento
Que revela quem nós somos
Um príncipe ou um plebeu
Sob a coroa um olhar
Uma arrogância, uma feição
De um principe ou de um plebeu

Eu conheço isso muito bem
Eu copiei as imagens
E os sonhos que eu tinha
Todoas aqueles milhares de sonhos
Mas tão proximos de mim
Uma pequena e esbelta menina
caminha em Charlemagne, inquieta
E suspira para mim

Nós não mudamos...
Nós apenas nos vestimos as roupas dos outros, só isso
Nós não mudamos...
Nos apenas nos escondemos de nos mesmos por um momento

19 de janeiro de 2011

Sexo, eu e Deus

Um dia, transando, me senti uma criança de novo, não porque transava quando era moleque, mas me senti um moleque. Me senti puro, não sujo, como se tivesse nascido praquilo pó!, pra viver e transar, pra ser aquele animal inocente, irracional que na hora do gozo se entrega à “fantasia real” como um infante. Não sei o por quê de sujar o sexo. Não sei porque endemoniá-lo. Alguém sabe? Hipocrisia chula, besta sei lá... inútil. O sexo é lindo, é vida e é simplesmente animal quanto humano. E por isso eu diria sem dúvidas: é divino. Sim, é divino, é mágico, é infantil, porque é puro. E o sexo com amor, puta merda!, esse é sobrenatural!! Como beber água, comer um alimento, parir, o sexo é humano, não cultural, embora o culturifiquem.
É óbvio que não há o prazer por prazer, é algo além. É instintivo e insano. NÃO OBSCENO. DEUS SABE QUE NÃO, SE NÃO, NÃO O TERIA PERMITIDO EXISTIR DE FORMA TÃO N A T U R A L . . .
QUERO AMAR/TRANSAR PRA SEMPRE...

Por: Tiago Oliveira

O amanhã é uma mentira


Estava hoje a escutar uma canção que me suscitou dúvidas sobre o amanhã. Confesso que fiquei meio "baratinado" talvez pela crença de que sempre há um amanhã que projetamos mas que as vezes não acontecem da mesma maneira que planejamos, sonhamos e idealizamos. Dai surge essa cruel dúvida sobre a existência de um amanhã.

O amanhã é uma mentira. (Composição: Krutoy Igor Fabian Lara)

Nunca, não devemos dizer nunca...
Nós não devemos planejar um outro dia.
O dia está aqui para tornar tudo claro.
Nunca, não deveria se render...
Um silêncio que é o desejo cego pelo medo,
Quando a fé transporta os nossos sonhos.
Secretamente, intensamente, com paixão

Amanhã é uma mentira..
O tempo só fica por aqui e agora.
O que você vê passando por,
É sua única chance de voar.
Amanhã é uma mentira...
Não importa quais são seus sonhos.
Você não pode esperar na fila
Hoje é o dia
Acredite no que você diz

Sempre, mantenha o coração em ação
Ande a sua vida através da paixão
Pense sobre o sonho
Nós somos o que pensamos
Sempre faça as coisas com devoção
Seus sentimentos são emoções
Uma luz brilhante foi lido
Através de e dentro da sua cabeça
Intensamente, apaixonadamente, evidentemente.

17 de janeiro de 2011

A amizade e o castelo


Amizade se compra? Pode ser feita em rascunho de papel? Podemos realmente escolhê-la? Podemos apagá-las? Podemos prever o sentimento que irá nascer dela? Talvez pudesse dizer que sim e que não. Mas daquelas na qual escolhemos como devem ser, inevitavelmente não sairá dos planos, ficará ali persistindo e relutando pra nascer. Viram castelos de areia. Com uma onda forte se desfaz!
As amizades que fazem parte de minha história não tomaram esse rumo da escolha. Aquelas que se tornaram castelos de areia, hoje não existem mais. Apenas fazem parte do grande chão de areia, aguardando outrem construí-la e assim mais uma vez retornar ao chão.
Tive a oportunidade de não escolher! E essa foi a maior conquista que tive. Tive a oportunidade de não escolher: dar boas gargalhadas e sentir a amizade insubstituível de Camila. Sentir que posso contar com alguém em qualquer momento; de sentir a sensibilidade e o carinho de Brunna; de viajar no sentimental de Lydia e ver que nem tudo é tão duro e severo na vida; de acalmar na neutralidade de Marta e aceitar o diferente, de sentir a meiguice de Cida e aprender a ser menos rígido, duro; de brigar muito com Rosejane , no final saber pedir desculpas e perceber que no fundo éramos iguais.
Esse sim foi o meu castelo, construído em bases sólidas de amizade, companheirismo, amor, dedicação e compreensão. Confesso que teve momentos em que não aceite que aqueles que habitavam, habitassem outros castelos. Egoísmo de minha parte! Sentimentos tão nobres têm que ser compartilhados, e por si só, são inesgotáveis. Então percebi que nós fazemos parte de outras moradias, vários outros castelos, sejam eles de areia, sejam eles de amizade!

12 de janeiro de 2011

Voe...




Voe
Voe, voe pequena asa
Voe para além da imaginação
A mais suave das nuvens
O mais branco dos pombos
Acima do vento do céu de amor
Ultrapasse os planetas e as estrelas
Abandone este nosso mundo solitário
Escape da dor e do sofrimento
E voe de novo...

Voe, voe preciosidade
Sua jornada sem fim começou
Leve sua gentil felicidade para longe
Bela demais para isso
Atravesse para o outro lado
Onde existe paz para todo sempre
Mas mantenha esta lembrança triste e linda
Até nós nos encontrarmos

Voe, voe pequena asa
Voe para onde somente os anjos cantam
Voe para bem longe
A hora é agora
Voe agora e encontre a luz..

10 de janeiro de 2011

O mar e eu




Eu e o mar.

Hoje a tarde entreguei-me ao o mar com tanta voracida, com tanta vontade de alma limpa, lavada, imersa... Cada onda que vinha e arrebentava sobre mim era uma sensação imensurável. Dava vontade de não sair mais... ficar ali imerso a água. O mar me traz tranquilidade, mas também um flashback de tudo. Uma tentativa de deixar tudo ali,coisas boas quanto ruins. Toda vez é assim, fujo para o mar. Me cubro com suas ondas, me abraço na sua tranquilidade, no seu sopro, na sua imensidão.

9 de janeiro de 2011



Um linha a seguir
Um caminho a percorrer
Um universo a desvendar
Um mistério a viver.
Um minuto em silencio
Um instinto em ambição
Uma vela pelo mar
Faz acalmar meu coração.
Uma partida dolorosa
Uma saudade a esquecer.
Uma vida solitária
Esperando por você.
Sempre ausente desse ser
Está a parte do nascer
Lá no monte a esperar
Aquela flor ao amanhecer.
Não conheço outro alguém
Que me fez sentir você
É involuntário o beijo amargo
Te procurando em outro ser.
Sem permissão de um sentimento
Que me leva a querer
Outro gesto aqui de dentro
Que me faz viver você.

Por Cássio Filho em 10/01/2011

5 de janeiro de 2011

A sombra



Eu procuro a sombra para dançar com você,
Estas músicas antigas
Que vêm na minha memoria
Quando o sol se apaga
E a noite volta.

Eu procuro a sombra para nos abrigar,
Para descobrir o seu corpo
Longe de todas as luzes
E para te amar ainda mais
Como pela primeira vez.

Eu procuro a sombra
Para apagar esse fogo,
Que devora a minha alma
E que arde dentro das minhas veias
Quem em mim se desencadeia.

Eu procuro a sombra
Para chorar com você
Por esta vida tão curta
Que escorre entre os nossos dedos
E que devora os dias
Me levando para longe de você.

Eu procuro a sombra...

Eu procuro a sombra como quem procura um amigo,
Que nos tomara pela mão
Sem lágrimas, sem dores
Para nos levar para outro lugar
Para resguardar a nossa felicidade.

Eu procuro a sombra...

4 de janeiro de 2011

O cais




O cais



Quando chega a noite, é que me sinto tomado pelo desespero.

O único cais que suporta a onda de minha dor é o local onde me deito, fazendo-me suplicar a cada onda que morre, o fôlego pela vida.

Agarro-me a cada prece que faço.

Deus! Você consegue escutar minha voz nessa noite em meio a tantas vozes?

E quando deito em meu lote de solidão, me dispo de tantas coisas alegres e assim vem a angustia que torna essas ondas agitadas, ferozes.

Minha única esperança é a luz de um farol que enxergo através da nevoa.

Um fraco rastro de luz , mas que consegue ultrapassar a escuridão.

E a cada suspiro, a dor é dissipada. Alastra-se por todo meu corpo.

Já no último suspiro eu adormeço, para que assim novamente retorne a noite ao cais.

3 de janeiro de 2011

Ame



Um ano novo chegou! Brindamos, renovamos esperanças, esquecemos o que passou e etc... mas nunca poderemos esquecer do sentimento que nos nutre a cada dia! Amor. Ame! Permita-se a amar e ser amado!


Ame
É um fruto doce que o universo e a terra semeiam...
Uma dádiva que nos é oferecida,
se acreditarmos nessa sorte...
A vida faz de tudo pra nos dar
S outra metade da laranja

É uma viagem ao interior dos instintos
onde a guerra não existe
A prova de que cada uma de nossas preces mais sinceras encontraram
uma resposta, apesar da ausência
de que o amor continua...

Ame,
a vida é mesmo bela
contando que você seja aquela ou aquele que ama...
A certeza de que o outro é essencial
é esse encontro, como um sinal do céu...

Ame,
e ignore o ódio
Não volte a ser aquela ou aquele que sofre
A solidão é um caminho cruel
Não se esqueça que o amor é um eterno...

É uma carícia e trememos juntos...
Não esperávamos isso mais...
É um olhar que nos lembra o rosto
desse desconhecido
De repente minhas lágrimas inundam nossos corações
e abraçamos a felicidade.

Ame,
a vida é mesmo bela
contando que você seja aquela ou aquele que ama...
A certeza de que o outro é essencial
é esse encontro, como um sinal do céu...

Ame,
e ignore o ódio
Não volte a ser aquela ou aquele que sofre
A solidão é um caminho cruel
Não se esqueça que o amor é um eterno...

Eu te digo... ame!
Eu te digo... ame!
Eu te digo... ame!